sábado, 30 de julho de 2011

Estamira

Não, não é um “trocadilo”, Estamira morreu.
No anoitecer da última quinta (28/07).
Não foi entre os “restos” e “descuidos” de Gramacho
[O lixão virou aterro]
Não foi vendo o céu azul sendo cortado pelo vento
Que levantava papéis e sacolas a dançarem com os urubus.
Foi no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio
“Infecção generalizada”
A família acusa negligência
A Secretária de Saúde nega
A mídia ainda fala da morte de Amy Winehouse, e de outros 'astros' que morreram aos 27.
“a terra suja ridicualizou os homens”
Sim, Estamira.
“do que adianta? sabe ler, sabe escrever e não sabe o quê”
Sim Estamira.
“valoriza o que se tem, quanto menos as pessoas têm, mais eles menosprezam, mais eles jogam fora”
Sim, Estamira.
“bonito é o que fez e o que faz, feio é o que fez e o que faz (...) a incivilização que é feio”
Sim Estamira.
Assim como a protagonista do documentário do Marcos Prado
Diariamente pessoas morrem nos hospitais públicos
Muitas dessas, vítimas do descaso e do descuido
Que ocorrem antes, durante e depois da morte
“Eu, Estamira, sou a visão de cada um”
Valter Rodrigues nunca duvidou Estamira!
Estamira para sempre, “para todos e para ninguém”.
Compartilho da dor da querida Kueyla
E vou pensando nesse “controle remoto superior”
Nas coisas concretas de algum “esperto ao contrário”
Mas, “tudo é abstrato, Estamira também é abstrato”.



Fonte: Denise Viana

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Especismo deve ser tema das lutas das mulheres


Não há dúvida que o consumo de carne na nossa sociedade é vendido como algo masculino. Afinal, mulher tem que gostar de salada; homem, de churrasco. Como nossa cultura relaciona o consumo voraz de carne ao apetite sexual (e esse apetite, como estamos cansadas de saber,não cai bem para as mulheres certinhas), a propaganda faz tudo para ligar carne à masculinidade, como se estivéssemos ainda no tempo das cavernas, em que nossos valentes antepassados saíam com suas travas para caçar Tiranossauros Rex (é, tem gente que acha que Flintstones é documentário). Há inúmeros exemplos na propaganda desse clichê. Ainda hoje o homem é pintado como um eterno caçador, que sai à noite à caça de carne, cerveja, mulher. Animais ganham outro nome quando são comidos (não comemos boi nem vaca, comemos bife); mulheres são reduzidas a meros nacos de carne.

O especismo indiscutivelmente passa pelo machismo. Há pelo menos um livro importante sobre o assunto, chamado The Sexual Politics of Meat: A Feminist-Vegetarian CriticalTheory, de Carol J. Adams (a Deborah traduziu um pedaço na segunda metade do seu FAQ Vegan). A opressão e a exploração dos animais tem muito a ver com a opressão das minorias humanas, como mulheres e negros (veja, por exemplo, o Vegans of Color, que trata de lutas raciais e anti-especistas).

A Deborah, que já havia nos agraciado com um excelente guest post sobre veganismo, desta vez se junta a Patrícia Nardelli para escrever um texto cujo tema, a meu ver, deve ser pensado em todas as nossas lutas.

[Deborah] Quem afaga um cão e come uma picanha “sangrenta” é “mau”? Não, mas é de fato especista, ou seja, alguém que trata determinados animais como “coisas” e outros enquanto “indivíduos”, o que é muito similar ao machismo: “É claro que não sou machista! Amo minha mãe, minha filha e minha irmã! O que não defendo é mulher que não se dá o respeito!”.

[Patrícia] O especismo se define exatamente por isso: é a consideração de que uma espécie é superior às outras e, portanto, detém direitos sobre ela. Não à toa, é bem parecido com o racismo e o sexismo. Quem assistiu ao documentário Terráqueos (veja aqui) ou leu Libertação Animal do Peter Singer (sem entrar aqui no mérito da discussão bem-estarismo x abolicionismo) sabe que a comparação é proposital e filosoficamente embasada. Para ficar mais claro, a definição da Wikipédia é muito bem resumida:

Brasil, o campeão mundial de agrotóxicos

Do Le Monde Diplomatique Brasil

Um país infestado por agrotóxicos 

O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, como consequência de uma política que vem sendo construída desde meados da década de 1970 e que se intensifica pelo modelo agrícola monocultor extensivo e concentrador de terras

A utilização de agrotóxicos no Brasil tem trazido graves problemas para a saúde do trabalhador rural, para aqueles que consomem produtos contaminados, para os que trabalham nas fábricas produtoras e para o meio ambiente.

Para os camponeses, os problemas relacionados a situações de risco de exposição, adoecimento e acidentes com agrotóxicos são decorrentes principalmente da toxicidade desses produtos, da precariedade dos mecanismos de fiscalização e vigilância da saúde, da inadequada informação para aqueles que com eles entram em contato no trabalho ou no ambiente, da falta de medidas de proteção coletiva e/ou de equipamentos adequados de proteção individual, das irregularidades trabalhistas, das desigualdades sociais e injustiças ambientais, além da pouca instrução dos trabalhadores que os manipulam.

Triste recorde

O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, como consequência de uma política que vem sendo construída desde meados da década de 1970 – quando o Plano Nacional de Defensivos Agrícolas foi lançado, condicionando o crédito rural à compra obrigatória de agrotóxicos pelos agricultores – e vem se intensificando pelo modelo agrícola monocultor extensivo e concentrador de terras.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado pela Anvisa em 2001, revela, ano após ano, que muitos agrotóxicos excedem os limites máximos de resíduos (LMR) autorizados pela legislação. A iniciativa também detecta a presença de agrotóxicos proibidos para diversas culturas analisadas e que são produtos de mesa do consumidor, mostrando assim o franco desrespeito à legislação e as sérias implicações para a saúde pública.

Os efeitos adversos da exposição aos agrotóxicos em populações humanas e em outras espécies animais são estudados conforme os diversos grupos químicos. Os organofosforados são os agrotóxicos mais utilizados em variedades de culturas, e entre seus diversos efeitos tóxicos estão a neurotoxicidade, a imunotoxicidade, a carcinogenicidade, a desregulação endócrina e alterações no desenvolvimento do indivíduo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que prova a autoridade da Bíblia a não ser ela mesma? 10 razões porque você não deve acreditar na Bíblia?

1 - Contradições: Uma contradição é o que acontece quando duas ou mais afirmações são incompatíveis. A Bíblia está repleta de contradições e elas começam logo no primeiro capítulo de Gênese onde encontramos duas histórias sobre a criação que contradizem uma a outra, tanto na ordem dos acontecimentos como na maneira como as coisas são criadas. 

2 - Duplicatas: Semelhante a contradição, porém mais sutis. Trata-se da repetição de uma mesma história na qual os personagens ou a ênfase são diferentes. Exemplos de versões conflitantes incluem os dois grupos de mandamentos, os três patriarcas prostituindo suas esposas e o censo dos Israelitas feito por Davi. De fato, é difícil encontrar uma única história da Bíblia que não venha em diferentes versões. Tais narrativas duplicadas e levemente diferentes colocam em dúvida a autenticidade das histórias assim como sua origem. 

3 - Exageros: Parece que os autores da Bíblia não se satisfazem em contar uma história. O exagero chega a ser lugar comum e não raro toca o absurdo. Por exemplo, ao descrever uma enchente, é dito que ela foi tão grande que o topo da mais alta montanha ficou submerso. Enquanto uma inundação pode ser geologicamente identificada, não existe qualquer razão para uma pessoa sensata acreditar em algo de tão grande escala. 

4 - Ciência: A Bíblia vai na contramão de praticamente todos os ramos da ciência. Ela afirma que os humanos e outros animais foram criados da maneira como são hoje. A Biologia ensina que evoluímos no percorrer de milhões de anos. A Bíblia afirma que a terra tem apenas alguns milhares de anos. A geologia demonstra que temos mais de bilhões de anos nas costas. Arqueologia e Antropologia por fim, riscam e corrigem uma a uma as narrativas bíblicas como a Arca de Noé e o Colapso de Jericó. 

domingo, 24 de julho de 2011

Momento Concernente [4]

A Música Feminista das Riot Girls

Imagem: Kathleen Hannah, do Bikini Kill, em 1992. Foto de Linda Rosier.
Aqui no Brasil fala-se pouco sobre isso. Mas, segundo o The Guardian, mesmo após 20 anos, o movimento das Riot Girls (ou riot grrrls) continua relevante para meninas que buscam sua própria independência musical tocando rock. O movimento surgiu nos anos 90 como uma resposta ao machismo do movimento punk – e do rock em geral, que relegava às mulheres posições somente como vocalistas, como se mulheres não fossem capazes de tocar instrumentos considerados masculinos como: guitarra, bateria e baixo. Uma das ideias de incentivo às meninas era que “não importa se você toca bem ou não, o importante é ter algo a dizer”. Se estabeleceu nos EUA e alguns creditam a origem do nome à Alison Wolfe, da banda de punk rock Bratmobile – uma das pioneiras do riot grrrl junto ao Bikini Kill, liderada pela ex-stripper Kathleen Hanna, que acabou se tornando a banda porta-voz do movimento.

O Bikini Kill surgiu inicialmente como um fanzine e logo houve a necessidade de montar uma banda para reforçar o que seria o embrião de um movimento. Durante as apresentações da banda, Kathleen “convidava” os rapazes a irem para o fundo e convocava as meninas à ocupar posições privilegiadas em frente ao palco (onde a banda entregava zines e letras de músicas para elas) e costumava ter atitudes ditas “chocantes”, como levantar a blusa e exibir palavras como ‘slut’ (vadia) e “rape” (estupro) escritas em seu corpo. Uma forma de protesto contra a violência e o preconceito com a sexualidade feminina, não muito diferente daquela que assistimos recentemente ao redor do mundo, desta vez com as mulheres em marcha pelas ruas.

Alerta: o aquífero Guarani está poluído


O aquífero Guarani, a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo, corre sérios riscos de contaminação. As ameaças de poluição da reserva de água vêm de chorume dos lixões, resíduos industriais e agrotóxicos espalhados nos canaviais, que se infiltram no solo e subsolo até chegar aos reservatórios de água.
O estudo cobriu 143 mil quilômetros quadrados, região que o aquífero ocupa em São Paulo, porém a reserva se estende também para os Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de Argentina, Paraguai e Uruguai. As bordas do Aquífero Guarani nos municípios de Ribeirão Preto, Piracicaba, São José do Rio Preto onde a água fica à flor da terra e se renova lentamente, sofrem as maiores ameaças de contaminação.
Para a chamada área de restrição, formada por regiões de preservação permanente e reservas legais, a pesquisa recomenda projetos ambientais e exploração racional do aquífero. Para as áreas de ocupação dirigida, aquelas vulneráveis à contaminação, o documento aconselha a saída de indústrias que geram riscos ao meio ambiente e o fim do uso de agrotóxicos em canaviais. Já para a região de recuperação ambiental, degradadas pela erosão do solo, lixões e ocupações irregulares, o recomendado é que as autoridades criem regras particulares para cada caso.

Da morte ao Mito

Tentaram me mandar pra reabilitação eu disse "não, não, não"

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"O Estado não irá tolerar que a igreja mande na sociedade"

O Brasil deveria se atentar à isso

Foi recentemente publicado o relatório Cloyne, que descreve o padrão de abuso infantil e a resistência da igreja católica em corrigir esses problemas na Irlanda.

Um parte importante do relatório é que um dos argumentos de defesa da igreja é que os casos de pedofilia eram antigos, e produto da sociedade libertina dos anos 60 e dos anos 70. No entanto, no relatório os registos de casos estendem-se até aos anos 90.

As criticas no relatório vão desde o Vaticano até às dioceses locais, e acusa esta instituição de não reportar às autoridades casos de abuso, mantendo as vitimas, queixas e registos sob a alçada da igreja, permitindo assim que os abusos continuassem.

O Vaticano, repetidamente, avisou as dioceses locais que “relatar os casos as autoridades seculares era proibido por desrespeitar a lei canónica.” Felizmente, a maré continua a mudar. O Primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny saiu a terreiro para criticar a igreja.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O valor da vida


Imagine agora um vaca inteira

Proposta cria serviço telefônico do SUS para orientação sobre aborto

Parece que estamos evoluindo

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1618/11, do deputado Roberto Britto (PP-BA), que cria um serviço telefônico para oferecer informações sobre métodos contraceptivos e aborto.

De acordo com a proposta, o governo criará um número de três algarismos, a ser adotado em todo o País. As informações serão prestadas por psicólogos da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida, segundo Britto, vai possibilitar “às mulheres que recorrem a abortos clandestinos receberem a devida orientação por parte de profissionais preparados”. Outro objetivo é prevenir o aborto, a partir do acesso a informações sobre saúde.

666, o número do homem besta

"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis."
Por algum motivo que totalmente escapa ao meu conhecimento, o famoso "meia, meia, meia" causa desde calafrios em alguns até constipação em algumas (sendo o bloqueio ventral mais comum nas de inclinação feminina) pelo simples fato de aparecer na passagem citada acima. Na minha "sabedoria", tendo eu "entendimento", calculo que o "número da besta" é o mesmo que o "número de homem". Eliminando "número" dos dois lados da equação, concluo matematicamente que besta = homem, i.e., homem é bicho besta.

Pense Sorrindo [30]


Tive que postar, rs.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Campanha contra estupro causa polêmica. Por que será?

A notícia diz que a campanha, que começou diante da existência de números alarmantes de estupros cometidos, pasmem, não por desconhecidos, mas por colegas de farda, dentro da Marinha dos Estados Unidos, provocou polêmica.
Print Screen da Página do G1.

Polêmica? Por quê?

A resposta, infelizmente, é que, ao tirar a responsabilidade da vítima do estupro, e colocá-la sobre o estuprador, rompe-se toda uma lógica construída…

A imagem do estuprador como a de um “serial killer”, ou seja, uma personalidade psicótica ou perversa, que vai atacar independente de quantas campanhas sejam feitas, que não tem cura nem tratamento, ajuda a perpetuar essa justificativa: se se trata de um “animal”, logo, cabe à vítima se prevenir, não “provocando” os instintos irrefreáveis do “monstro”, ou seja, não saindo sozinha, não se vestindo de forma provocativa, não conversando com desconhecidos, coisas do gênero (falando claramente: sendo uma moça comportada)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pense Sorrindo [29]


Assumam, é engraçado, rs.

Pense Sorrindo [28]

Primeira campanha ateísta do Brasil, em Porto Alegre!


Até que enfim! A campanha ateísta finalmente chegou aqui no Brasil, mais precisamente na região mais primeiro mundo do nosso país de terceiro mundo. No dia 5 de julho de 2011, a ATEA conseguiu veicular uma campanha de outdoors na cidade de Porto Alegre.

A campanha da ATEA é derivada de uma tentativa frustrada de colocar banners nos ônibus de várias capitais do país. Empresas de outdoors têm mais culhões que as empresas de banners nos ônibus pelo jeito.

domingo, 17 de julho de 2011

Desmistificando os Homens

Homem gosta mais de demonstração de afeto que mulher, diz estudo

Um estudo norte-americano com casais heterossexuais de meia-idade chegou à conclusão que, em se tratando de relacionamentos duradouros, os homens gostam mais de demonstrações de afeto do que as mulheres.

A pesquisa feita por sociólogos do Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana (EUA), é a primeira de cunho internacional sobre o comportamento sexual de casais --e coloca no chão muitas teorias tradicionais.

O grupo estudado envolveu mil duplas com idades entre 40 e 70 anos que viviam relacionamentos longos (25 anos em média) em cinco países. A saber: Brasil, Espanha, Japão, Alemanha e Estados Unidos.

A disparidade entre ambos ficou evidente na questão sobre contato físico. Os homens citaram abraços, beijos e afeto como sendo mais importantes para a felicidade do casal, mas as mulheres, não.

Elas afirmaram que o beijo e o abraço não contribuíam tanto com a felicidade delas.

Os homens que beijavam e abraçavam mais eram também três vezes mais felizes do que os que não faziam o mesmo, segundo estudo que está publicado em "Archives of Sexual Behaviour".

OS MAIS FELIZES

Outro dado é que os dois grupos disseram que eram mais felizes e aproveitavam melhor o sexo quanto mais longa fosse a relação com o parceiro. Mas foram as mulheres que mencionaram mais a satisfação sexual, maior do que nos estágios iniciais da relação, enquanto os homens citaram a felicidade.

Os japoneses se consideraram os mais felizes entre todos os homens que participaram da investigação. Entre as mulheres, foram as japonesas e as brasileiras. Em termos de satisfação sexual, mais uma vez despontaram os japoneses e os brasileiros.

O estudo também indicou que homens que tiveram muitas parceiras ao longo da vida eram menos satisfeitos sexualmente do que aqueles que tiveram poucas.

O uso do 'x' vs Academia Brasileira de Letras

Como já é de conhecimento de todos, a Academia Brasileira de Letras - ABL em suas regras e definições tem o costume de dar certos privilégios nas regras gramaticais.

Deve-se levar em consideração que ela antes foi desejada por homens, fundada por homens e é dirigida por... ... mulheres homens, então podemos está claro a sua postura quando às generalizações gramaticais. Por exemplo: sou estudante do curso de Psicologia, e acho um absurdo os professores entrarem na sala com um "Boa noite, alunos" sendo que eles representam menos de 10% da turma. Isso é um grande abuso e absurdo e a  ABL tem feito muitas coisas para mudar essa realidade retrógrada e machista, coisa do tipo: NADA! Mas como diria Beauvoir, se o oprimido aceita por que o opressor vai mudar?

Portanto se como eu, você também já evolui seu pensamento quanto a este tipo de generalizações e não concorda com esse machismo gramatical, junte-se aos que aderiram ao uso do 'x' em palavras de gêneros, do qual algumas pessoas tem usado para não dar privilégios à sexo algum na língua portuguesa escrita. Por mais que descreva uma atividade comum à mulheres ou como aos homens.



Referência:
Academia Brasileira de Letras - ABL, Fundação. Disponível em: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=2> Acesso 17/07/2011

sábado, 16 de julho de 2011

Estadão divulga matéria sobre Vegetarianismo

"Enquanto o Pavilhão da Bienal do Ibirapuera se prepara para receber mais de 22 mil visitantes na NaturalTech, única feira internacional de produtos naturais do País, que abre suas portas no dia 21, adeptos da dieta sem carne celebram uma onda de ofertas. Publicações, filmes, restaurantes, serviços, sites e blogs trazem à tona um tema ainda repleto de estigmas e, muitas vezes, alvo de piadas: o vegetarianismo. Ao mesmo tempo, mitos a respeito da alimentação que exclui do cardápio itens de origem animal estão ruindo. 


O mais polêmico é o conceito de que o consumo de carne é essencial para a saúde. "Estudos científicos provam que não há nenhum único nutriente essencial que só exista na carne ou que dependa dela para ser bem aproveitado pelo organismo", avisa o paulistano Eric Slywitch, especialista em nutrologia e nutrição clínica.
A notícia é um alívio para vegetarianos que sempre escutaram que sua dieta era deficiente. A proteína animal pode se equivaler, por exemplo, a leguminosas como feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha, diz Slywitch, que também é coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira e professor de pós-graduação do Ganep (Grupo de Nutrição Humana). Porém, os vegetarianos costumam cometer um erro grave: substituir carne por ovos e queijos.

Para vegetarianos ou onívoros - aqueles que consomem carne - que desejam melhorar sua alimentação, o médico escreveu dois livros que têm se tornado referência: Alimentação sem Carne e Virei Vegetariano - E Agora? (ambos pela Editora Alaúde). O primeiro ensina a obter os nutrientes e como combiná-los de forma segura para otimizar todo o potencial que a alimentação vegetariana pode proporcionar. Já no segundo título, lançado ano passado, Slywitch responde às principais perguntas de adeptos ou não e fala sobre 60 mitos que rondam o tema. "As publicações têm o objetivo de ensinar, sem fazer patrulhamento ideológico", ressalta o especialista em dieta vegetariana, de 36 anos, que parou de consumir alimentos de origem animal na adolescência. 

Entre as fontes que tratam do vegetarianismo está o livro recém-lançado A Cozinha Vegetariana, da catarinense Astrid Pfeiffer (Editora Alaúde) - que já caminha para a 2ª edição. São 60 receitas sem lactose, quase todas sem glúten e com ingredientes naturais. A nutricionista e Eric Slywitch são casados e, assim como o médico, ela é vegana. Juntos, atendem em sua clínica, uma ampla casa com direito à mini-horta orgânica, na Vila Mariana, zona sul da cidade. 

Em um levantamento feito entre 644 pacientes que passaram pela clínica do casal em 2010, mais da metade segue a dieta vegetariana por razão ética, ou seja, em respeito aos animais. Saúde e questões ambientais também entram como justificativas, especialmente a que está diretamente relacionada ao impacto da pecuária. Segundo relatório emitido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de todas as atividades humanas, a pecuária é a maior responsável por problemas ambientais, principalmente a contaminação de mananciais. 

Até "bad boys" como o ex-pugilista Mike Tyson abraçaram a causa. Vegano há quase dois anos, o campeão de boxe - que arrancou um pedaço da orelha de Evander Holyfield numa luta - promoveu em abril uma campanha junto com a ONG Last Chance for Animals (LCA) em prol do vegetarianismo. Em cartazes, foi fotografado beijando uma pomba ao lado da frase: Love animals, don’t eat them (Ame os animais, não os coma). 

"Desde que me tornei vegano, os benefícios foram tremendos", testemunhou para a campanha realizada pela LCA. "Tenho mais energia e equilíbrio mental. Eu nunca me senti 100% até que tirei a carne da minha dieta. Agora, não me imagino comendo carne de novo." 


Casado e pai de dois filhos, ele é o único da família a seguir dieta vegetariana. E conta que, após se submeter à cirurgia de redução de estômago, em 2004, a carne se tornou indigesta. Inspirado em dois integrantes da banda que são veganos, mergulhou no tema. Mas o marco da virada veio um ano depois: "Em um programa que fazia, rolava uma luta no ringue, sempre cheio de gosmas. Um dia misturaram línguas de bois com groselha. Isso revirou meu estômago e vomitei. A partir daí, nunca mais comi bicho." 


O apresentador João Gordo, de 47 anos, que tem um quadro no programa Legendários, exibido pela Rede Record, e é vocalista da banda de metal hardcore Ratos de Porão, se diz aliviado em não compactuar com a matança e crueldade que envolve a indústria da carne. "Eu era o rei do bacon e da feijoada", brinca. "Mas, quando se conhece como tudo é feito, a gente começa a pensar de outro modo."


Documentários e livros também funcionaram como gatilho. João Gordo encerrou de vez seu lado onívoro ao assistir ao vídeo A Carne é Fraca, produzido pelo Instituto Nina Rosa (ONG em prol dos animais) em 2004. De lá para cá, vários outros surgiram no You Tube. Em março, o documentário Carne e Osso foi exibido no festival É tudo Verdade. O filme revela as condições insalubres às quais os empregados de frigoríficos são submetidos.






Muita pesquisa em internet, leitura de livros e revistas especializadas formaram a base do conhecimento da personal trainer Perla Góes, de 34 anos. Ela se programou para se tornar vegetariana ao longo de um ano. Primeiro parou de comer carne vermelha, depois, frango e, finalmente, peixe. "Tinha receio de perder massa muscular por falta de proteína animal", diz.



Com a virada na dieta, há 7 anos, e orientação médica, seu corpo ficou ainda mais definido. E o que é melhor: sem suplementação alimentar de proteína. Além das novas formas, Perla ganhou uma pele mais viçosa e mais disposição física.

Longe do estereótipo que associa vegetarianismo à moçada alternativa está Maria Emília Ascenção Guedes, de 63 anos e há quase 30 adepta da alimentação sem carne. Casada e mãe de cinco filhos, todos seguem a dieta. "Não sei se posso atribuir a isso e ao leite de soja que substituí pelo de vaca, mas passei ilesa pela menopausa."

Sua filha Ana Lúcia, de 35 anos, conta que o interesse das pessoas sobre sua alimentação vegana é grande. "Todos elogiam minha pele", diz ela, que é formada em administração e trabalha no ramo imobiliário. 

Já sua irmã, a engenheira Denise, de 29 anos, reclama dos interrogatórios. "A gente vira o centro das atenções", diz. Mas o pior é ouvir que um prato não tem carne porque só foi temperado com bacon ou porque tem pedacinhos de presunto. "Vai explicar que não é bem assim!"

OS DIFERENTES TIPOS

Ovolactovegetariano: inclui na dieta sem carne itens de origem animal, como ovos e laticíniosLactovegetariano: não come ovos, mas aceita laticínios
Vegetariano estrito ou vegano: exclui todos os derivados animais do cardápio. Também rejeita vestimentas e produtos de procedência animal ou que foram testados em animais 
Crudívoro: só come alimentos crus ou aquecidos no máximo até 24°C, além de alimentos germinados
Vegetariano frugívoro: se alimenta de frutos, cereais, legumes e frutas oleaginosas (nozes, amêndoas, etc)"

Matéria do Estadão, escrita por Ciça Vallerio e disponível aqui.

Você tira o país da merda, mas não tira a merda do país



Você prefere viver sob um governo que se preocupe com o povo ou um que não se preocupe? Infelizmente, conheço pouca gente que acertaria a resposta. Um primeiro exemplo: o presidente X aumentou o salário mínimo do povo em R$ 1. A desigualdade social diminuiu o equivalente ao aumento de apenas R$ 1 no salário. Você votaria nele? Seu concorrente é o presidente Y. O presidente Y não aumentou o salário mínimo do povo em nada. Pior: as megacorporações lucraram horrores em seu governo. Bem mais do que no do presidente X.

Qual destes dois presidentes será reeleito?

A resposta é óbvia. Mesmo que R$ 1 seja um aumento muito pequeno. Vox populi, vox Dei.

Agora, qual destes dois presidentes se preocupou com o povo? Em qual destes dois presidentes você votaria? Muito cuidado com a resposta.

O que se vê, o que não se vê

Um recente artigo de Alex Castro aqui no PdH fala sobre a ascensão da antiga classe pobre. O texto atribui isso ao governo:


“Nos últimos anos, no Brasil, mais de trinta milhões de pessoas saíram da miséria — no que talvez seja a maior contribuição brasileira à civilização humana.”

Reflitamos: foi uma manobra típica do presidente tipo X ou do presidente tipo Y ali em cima?

Tivemos, nos últimos anos, o PSDB, que privatizou companhias e criou programas sociais, e o PT, que privatizou companhias e criou programas sociais. Por que diabos um só é lembrado por uma coisa, e outro só lembrado pela outra? O PT criou um mecanismo de distribuição de renda chamado Bolsa Família, que unificou diversos programas de épocas tucanas para trás. O primeiro programa do gênero foi criado pela política liberal britânica Juliet Rhys-Williams, mas ficou famoso nas mãos de Milton Friedman, papa dos Chicago Boys, a maior escola de liberalismo americana, e Nobel de Economia em 1976.

Há um princípio liberal bem claro no programa: dar dinheiro para as pessoas gastarem no que elas quiserem. A ideia não é só que as pessoas possam contar com uns trocados a mais por mês, mas sim movimentar a economia. Com mais comércio, cada indivíduo torna o mercado mais rentável para entrar na zona economicamente ativa e não depender mais do governo. É o que anda faltando ao programa do PT.

Mas o que significa ter mais R$ 30 para gastar por mês? É isso que “talvez seja a maior contribuição brasileira à civilização humana”?

Ora, não são três notas de R$ 10 que fazem uma contribuição à tal civilização humana: são as coisas que elas podem comprar. O nível de vida aumenta com mais dinheiro. Cifrões não compram felicidade, mas compram IDH. O que é uma espécie de felicidade em estatística. Mas estas notas de R$ 10 não valem a mesma coisa sempre. O pobre quer produtos e nós queremos que os pobres tenham produtos. E sabe quem mais quer que o pobre possa comprar produtos? Exatamente aquelas empresas que os fabricam, e que lucram mais com mais pessoas podendo comprá-los. Estas empresas que chamamos de “gananciosas”, “exploradoras” e “mercadológicas”, e cujo lucro sempre somos contra.


Hay que enriquecer, pero sin perder la ternura jamás!

O que fazem então as empresas? Criam produtos mais baratos ou de distribuição mais barata. A única coisa em que o governo ajudou nesse mister nas últimas décadas foi privatizando companhias que hoje prestam um serviço muito melhor – apesar de ainda mequetrefe – a preços infinitamente menores – e, claro, acabando com a inflação, que é imposto por má gestão.

O governo poderia dar R$ 1 milhão para cada pessoa pobre deste país. Sem ter produção de bens de consumo para comprar com aquele monte de papel-moeda, eles serviriam tanto quanto os jornais do “partidão” usados como substituto do escasso papel higiênico em Cuba. Os R$ 30 do Bolsa Família só funcionam porque gigantes do varejo vendem produtos cada vez mais baratos do que o mercadinho da esquina. Os R$ 30 do Bolsa Família só funcionam porque as companhias telefônicas foram privatizadas, que aumentaram os celulares no país de 5,2 milhões para 180 milhões (mais 10 milhões e teremos um por habitante).

Alguém lucrou com isso? Ótimo!

Sem o Plano Real, em três meses, o dinheiro do Bolsa Família não iria dar pra comprar chiclete. Lá no começo do século XX, 25% dos americanos tinham água corrente em casa, e só 15% tinham uma privada para chamar de sua. Foi um Bolsa Família que fez os EUA serem a maior potência econômica e quarto maior IDH do mundo? Ou foi algum empresário ganancioso e explorador que lhes permitiu cagar com conforto e segurança na própria casa?

Só 3% tinham eletricidade, 1% aquecimento. 1 em cada mil tinha um carro. Hoje, há mais pobres americanos (e brasileiros) conectados à internet do que gente conectada ao encanamento de esgoto no começo do século passado. No Brasil, milhares de pessoas trabalham hoje com telefonia e telecomunicações: do vendedor de capinha de celular até o webdesigner. Há vendedores que faturam mais do que o dono da revendedora. Quando o “governo que cuida do povo” fez algo parecido na história mundial? Foram os “mercadológicos umbiguistas” que fizeram isso, e por isso se tornaram empresários. Não foi o governo. Não foram ONGs. A vontade de lucro exige vender mais ou mais barato. É o comércio que quer e faz os pobres enriquecerem – não o Fórum Social Mundial.

Ecos da Estética Punk

(Rio de Janeiro, BR Press) - O Centro Cultural Banco do Brasil inaugurou, na última segunda-feira (11/07), a exposição I Am a Cliché – Ecos da Estética Punk, que reúne obras de artistas e fotógrafos que foram influenciados pelo movimento. Obras de Andy Warhol, Artsitein, Bruce Conner, David Lamelas, David Wojnarowicz, Dennis Morris, Destroy All Monsters, Jamie Reid, Linder, Peter Hujar, Robert Mapplethorpe, Stephen Shore e a coleção de capas de discos de vinil de Thierry Planelle são algumas das atrações.

Segundo a curadora Emma Lavigne, a exposição não tenta mostrar a história do punk por meio das fotografias. O intuito é desvendar os ecos do punk no universo desses artistas.

Protopunk

Uma das salas da mostra remonta ao período em que Warhol se embrenhou como empresário da banda Velvet Underground, nos anos 60. Nessa época, ele forrou todo o seu estúdio, a Factory, de papel alumínio e o ambiente serviu de inspiração e cenário para fotografias de vários outros fotógrafos, como Steven Shore. Na exposição Emma, que designa essa época de protopunk, fez o mesmo em uma das salas em que expõe as fotos de Shore.

Outras salas reúnem imagens do Sex Pistols por Dennis Morris, com direito ao som, no último volume, de músicas da banda. Há ainda Patti Smith fotografada por seu marido, Robert Mapplethorpe, e 60 trabalhos do arquivo pessoal de Jamie Reid, que fez todas as capas dos discos do Sex Pistols.

Entrada franca.

Visitação: terça a domingo, das 9h às 21h. Até 02/10.

Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Primeiro de Março, 66

Fonte: BR Press

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Hollywood produz o primeiro filme abertamente pró-ateísmo

Introdução: É interessante ver um filme colocando um ateu como o mocinho da história. Eu diria, aliás, que é quase uma quebra de paradigma! Há alguns outros filmes interessantes sobre o tema, mas que o fazem de uma maneira mais cômica (e não menos crítica por isso).

A Vida de Brian” é um épico do grupo de comediantes ingleses, Monty Python. Nele, um messias surge de uma maneira inusitada e o absurdo da história faz você refletir sobre a versão “real” bíblica da coisa.

A Invenção da Mentira” é outra comédia que esculacha de forma escancarada a religião. Basicamente, as pessoas vivem num mundo onde todos só conseguem pensar, praticar e dizer verdades. Mas um dia, uma pessoa descobre que é possível mentir… melhor para de falar por aqui antes que eu estrague a sessão pipoca de alguém.
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Em pé, no parapeito de um edifício, enquanto um policial tenta acalmá-lo, um homem precisa fazer uma decisão que mudará – ou dará fim – a sua vida e a de outra pessoa. Ele não sabe se deve pular, pois não é um suicida. Porém, está fazendo isso para salvar a vida de sua amante. Essa é a cena central do longa-metragem “The Ledge” [O Parapeito], suspense feito por uma produtora pequena que estreou esta semana nos EUA. É definido como “uma história de amor, religião e vingança”, pois coloca como vilão um marido cristão violento contra o mocinho ateu, que se envolveu com sua mulher.

Escrito e dirigido por Matthew Chapman, um ateu militante, The Ledge é a primeira tentativa de Hollywood em criar um herói abertamente ateu em uma história sobre conflito religioso. Curiosamente, Chapman é bisneto de Charles Darwin e já escreveu livros sobre o conflito entre religião e ciência. “O objetivo do filme é ajudar a criar uma imagem mais positiva para o ateísmo”, que para Chapman, “é muitas vezes incompreendido e difamado”. As pesquisas mostram que os americanos estão aceitando cada vez mais os gays e as lésbicas. Filmes como “O Segredo de Brokeback Mountain” ‘[2005], são apontados como parte importante dessa tendência. Chapman quer que os ateus aprendam com isso. “O movimento gay tem um trabalho consistente para apelar às emoções do grande público”, diz ele. “Os ateus ainda não sabem fazer isso.”

“Minha esperança era gerar um apelo emocional”, diz. Ele espera que seu filme seja uma espécie de “Brokeback Mountain” para não religiosos. Indicado para o prêmio de melhor drama no 2011 Festival de Sundance , “The Ledge” tem no elenco estrelas como Terrence Howard, Liv Tyler, Charlie Hunnam e Patrick Wilson. A grande questão em torno do filme é que tipo de reação o público americano terá ao sair de casa para ver uma propaganda do ateísmo de quase duas horas.

Pesquisas de opinião mostram que o número de americanos “sem religião” tem mostrado um rápido crescimento, mas apenas uma pequena minoria se identifica como ateus. Uma pesquisa recente do Instituto Pew revela que 61% dos americanos dizem ser menos propensos a apoiar um candidato a presidente que não acredita em Deus, comparado a 33% que disseram que ser menos propensos a apoiar um candidato gay. Chapman enfatiza: “Para mim, há algo muito mais terrível no ato de votar em alguém que aceita as coisas pela fé, sem ter qualquer prova.”

Não é surpresa que um filme com um herói ateu e um vilão cristão já está atraindo críticas. Bill Donohue, presidente da Liga Católica Conservadora, emitiu uma declaração esta semana, falando claramente sobre o filme. “As pessoas de fé, especialmente os católicos, estão acostumadas a serem ofendidas por Hollywood, mas não estão acostumadas a ver filmes que promovem o ateísmo”, escreveu ele.

Chapman respondeu, “Eu não fiz o filme para ateus, mas para as pessoas que questionam o que realmente significa ser ateu”. S. Brent Plate , professor de estudos religiosos do Hamilton College, desafia a noção que cristianismo e ateísmo são forças opostas. “Estou interessado em ver como a religiosidade do ateísmo é retratada. É muito triste que a nossa conversa sobre certos tópicos muitas vezes esteja reduzida (a insultos)”, explicou ele, que ainda não viu o filme. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil, mas já existem trailers na internet.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Encontros de conhecimentos

Entre meus estudos e opiniões, eu me esforço para ser coerente. Tenho pavor de entrar em contradição, embora seja impossível ser coerente a todo o momento. Então, quando temas se encontram e em harmonia, a sensação é tão boa que é indescritível. 

Em diversas áreas do conhecimento (o de Maslow, Sartre, político, religioso, etc.), o Humanismo sempre me encanta, principalmente o da Psicologia que, a meu ver, é a única abordagem que nem trata o ser humano como um robô e nem é cheio de teorias conspiratórias sobre a infância de cada um. E todo Humanismo que estudo sempre me encanta 

No início desde ano comecei um grupo (de duas) de estudos sobre o conceito de mulher em Simone de Beauvoir. E no início desse semestre comecei a estudar sobre o Existencialismo Humanismo de Jean Paul Sartre, marido de Beauvoir. 

O estudo feminista de Beauvoir intriga e é bem claro, objetivo e instigante assim como Humanismo de Sartre, entre outras coisas que em outro post eu descrevo. Mas o que eu achei mais impressionante e me deixou muito contente foi a surpresa de que, além desses dois levantarem bandeiras que eu goste antes de e eu havia estudado sobre eles, eles tem uma relação amorosa aberta. Ou seja, esse casal representa três grandes manifestações de pensamento das quais eu admiro e pratico. 

Uma grande coincidência que veio a mim como um grande presente, reforça as minhas inúmeras tentativas de coerência e me anima a seguir com os estudos que decidi potencializar esse ano.

Pense Sorrindo [26]

"Todo poder emana do povo"

Uma das frases mais marcantes escritas por Alan Moore em V de Vingança foi:

“Você pode matar um homem, mas não um ideal.”

Na história, um misterioso anarquista tenta destruir o Estado por meio de ações diretas para a exposição pública da corrupção que existia dentro do sistema. Hoje, aparentemente, nós estamos vivendo exatamente esta mesma história.

Eles estão entre nós.
Nos últimos meses, o grupo hacker Anonymous lançou, em conjunto com dissidentes do grupo LulzSec, um movimento mundial chamado AntiSec, que visa obrigar os que estão no topo a descer do salto. Resumindo, o objetivo é expor governos e organizações por meio de dados roubados de sites e e-mails que revelam corrupções e atos ilegais.

Praticamente uma guerra mundial digital está ocorrendo nos bastidores da internet e os paladinos virtuais atualmente definiram o governo brasileiro como um dos principais alvos. Segundo uma  estimativa do Serpro, nas últimas semanas, foram hackeados 20 portais do governo federal e estatais. Senado, Presidência e Petrobras estão na lista. Além de 200 sites municipais, o e-mail pessoal da presidente Dilma Rousseff, o site do PT, o perfil do Twitter do presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia e sabe Deus mais o quê. A propósito, você já checou o seu e-mail e perfis sociais hoje?

Como “quem deve, teme”, atitudes de caráter totalitário foram tomadas para defender a soberania nacional – leia-se, deter o avanço da exposição das informações vergonhosas. Tais atitudes foram a retirada do domínio brasileiro do site da LulzSec e uma investigação da Polícia Federal em conjunto com as polícias internacionais, ordenando a prisão de membros de grupos hackers. Sem contar que isso tudo reacendeu a chama fascista que é o projeto de lei 89/2003, mais conhecido como Lei Azeredo, que tenta regrar a internet e acabar com a liberdade existente.

Vale ressaltar que “todo poder emana do povo”. Não, não é uma frase de V de Vingança, mas sim da nossa Constituição.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Aos meus queridos visitantes

Caros visitantes, que utimamente chegam à ser cerca de 800 por mês, resolvi tomar um pouco de vergonha na cara e deixar de Ctrl + C / Ctrl + V. Pretendo postar até um texto por dia, sobre coisas que acho interessantes não desviando dos temas do Blog.

Obrigadx à todxs

Sugestões: brendaramona@gmail.com

Guinness Book não reconhecerá jovem toureiro

O famoso livro dos records, em nota em seu site (leia aqui, em inglês), disse: “Não aceitamos records baseados em matar ou ferir animais”. Os mexicanos que acompanham e empresariam Michelito, o jovem matador que recentemente completou apenas 11 anos e é filho de toureiro, queriam que ele fosse reconhecido como o mais jovem toureiro a matar 6 animais numa tourada.




Fonte: Vista-se 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Caça as Bruxas

Preparem suas tochas que a fogueira da Santa Inquisição vai ser acesa. Passaram-se quase dez séculos desde que as primeiras bruxas alimentaram o fogo da intolerância católica, mas não é difícil perceber que os inquisidores estão por toda parte. Com suas tochas acesas, prontas para queimar qualquer um, de preferência qualquer uma, que ousar levantar a voz contra aquilo que é considerado correto.

Explicando o caso.

Uma mulher abandonou a filha num saco de lixo no frio de São Paulo. Existe coisa mais trágica que isso? Existe cena mais degradante que essa? Uma criança encontrada no lixo por um cachorro? Se existe, são poucas que se equiparam com o horror que essa cena causa.

Existe culpado? Sim, a mãe. Ou melhor, a “vaca maldita que só quer saber de dar por aí, que não tem coração, o monstro que pariu essa pobre criança”. Esses impropérios não foram usados diretamente nas matérias veiculadas pela Globo News, mas ficaram subentendidos em cada chamada sobre o caso. Essa pergunta já foi feita milhões de vez, mas não custa repeti-la: cabe à mídia julgar?

Porém, se não cabe à mídia julgar, embora vejamos juízos de valor implícitos o tempo todo, ainda mais em casos extremos como esse, a quem cabe julgar essa mulher, além da justiça? Não fique espantad@ com a resposta, mas asseguro que ela é verdadeira: ninguém. Guarde seu julgamento moral para você.

Imagem: Cena do filme O processo de Joana D'arc de Robert Bresson (1962). Mulher, herege, louca aos olhos dos conservadores, Joana D'arc foi queimada na fogueira pelo Tribunal da Santa Inquisição.

A Constituição brasileira, aquele livrinho redigido em 1988, assegura que todas as pessoas têm direito de ampla defesa. Ou seja, essa mulher que ninguém conhece, mas sobre as quais recaem os piores sentimentos, tem o direito de apresentar suas motivações, ou a falta delas.

Defender o direito dessa mulher de não ser linchada publicamente não é ser conivente com o abandono de uma criança, no frio de São Paulo ou no calor da Bahia, recém nascida ou aos cinco anos de idade. Defender o direito dessa mulher de ser defendida é tentar mostrar que as mulheres estão há muito tempo pagando uma dívida que não é nossa. É de toda a sociedade. A maternidade tem uma função social e deve ser entendida como assunto de Estado também, além de assunto de homens.

Onde está o pai da criança? Em todas as críticas que recebi por ousar defender o direito dessa mulher de não ser julgada pelos valores pessoais de cada um, em nenhuma apareceu qualquer menção sobre o outro responsável direto por essa criança: o pai. Ou será que essa “vaca maldita” se reproduz por brotamento? Ela pode até ser um monstro sem coração, mas precisa de um par masculino para engravidar.

As pessoas ficam indignadas quando algo tão trágico como uma criança jogada no lixo aparece na mídia. Por outro lado, não percebo tamanha indignação e esforço para cobrar do Estado que ampare as mulheres em sua maternidade.

Não percebo essas pessoas cobrando melhores condições de vida para as mulheres, melhores empregos, salários justos, ou ampliação do número de creches, principalmente, creches 24 horas para as mães trabalhadoras e estudantes. Licença paternidade então, parece assunto proibido.

Aos inquisidores de plantão fica a dica: lutem por um mundo que trate homens e mulheres de forma igualitária e guardem sua moral e bons costumes para vocês mesmos.

Não seja escravo do seu fim.

sábado, 9 de julho de 2011

Empresa que treinou elefante para filme “Água para elefantes” será processada por maus-tratos

Cena do filme "Água para elefantes" (Foto: Divulgação)

Segundo informações do jornal The Washington Post, o processo foi aberto na semana passada no Tribunal Federal de Los Angeles, nos EUA, contra a empresa Have Trunk Will Travel que, dentre outras atividades, “aluga” elefantes para filmes, casamentos e outros eventos.Ativistas pelos direitos animais processam uma empresa da Califórnia que concedeu o elefante usado nas filmagens do filme “Água para elefantes”.



Os ativistas argumentam na ação que o filme engana os espectadores, que acreditam que o elefante usado nas filmagens foi apropriadamente tratado. Na verdade, o animal era torturado e maltratado com eletrochoques.

A empresa alega que os animais que treina são tratados com amor e carinho. Entretanto, a organização Animal Defenders International (ADI), em parceria com Gail Profant and Leslie Hemstreet, dois cidadãos preocupados com o caso, afirmam que estas declarações são falsas e enganosas, segundo informou o jornal Daily Mail.

Jan Creamer, presidente da ADI declara: “Nós acreditamos que o público está sendo enganado quando ouve as alegações da empresa Have Trunk Will Travel sobre o tratamento dado ao elefante que aparece no filme ‘Água para elefantes’. Eles estão perpetrando uma fraude.”

Os denunciantes têm um vídeo que prova os maus-tratos. Nele, Tai e outros elefantes levam choques com uma arma elétrica e pancadas com um gancho enquanto são treinados na fazenda da Have Trunk Will Travel, na cidade de Perris, na Califórnia.

Os tutores da Have Trunk Will Travel, Gary e Kari Johnson, que estão em poder de seis elefantes, negam os abusos. Eles dizem ainda que a empresa tem um histórico muito bom em relação aos animais que passam pelos cruéis treinamentos empregados.

Saiba mais clicando aqui.

Fonte: ANDA

Você sabe quantos deuses têm a história parecida com a de Jesus?

As semelhanças dogmáticas com as religiões de mistério provariam que o cristianismo não é o resultado de uma revelação divina, mas o produto de um sincretismo religioso.


A teoria do "Mito de Cristo" afirma que houve grande influência das religiões dos povos com as quais os judeus conviviam, ou seja, egípcios, persas, gregos e romanos.

  • Tamuz:
Deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fatos e versões na Imprensa Brasileira

*Jornal Nacional*

(William Bonner): ‘Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem…’

(Fátima Bernardes): ‘…mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.’


*Programa da Hebe**

"…Que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina
linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"


*Cidade Alerta*

"…Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva…
Um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!"


*Superpop*

"Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!"


*Globo Repórter*

"Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente?

O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.."


*Discovery Channel*

"Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver."


*Revista Veja*

"Lula sabia das intenções do Lobo."


*Revista Cláudia*

"Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho."


*Revista Nova*

"Dez maneiras de levar um lobo à loucura, na cama!"


*Revista Isto É*

Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.


*Revista Playboy*

(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho no mês seguinte): "Veja o que só o lobo viu."


*Revista Vip*

"As 100 mais sexies - Desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!"


*Revista G Magazine*

(Ensaio com o lenhador) "O lenhador mostra o machado."


*Revista Caras*

Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa."


*Revista Superinteressante*

"Lobo Mau: mito ou verdade?"


*Revista Tititi*

"Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio."


*Folha de São Paulo*

"Lobo que devorou menina era do MST"



*O Estado de São Paulo*

"Lobo que devorou menina seria filiado ao PT."


*O Globo*

"Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente."


*O Povo*

"Sangue e tragédia na casa da vovó."


*O Dia*

"Lenhador desempregado tem dia de herói."


*Extra*

"Promoção do mês: junte 20 selos, mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!"


*Meia hora*

"Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!"


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Reportagem sobre Amor Livre: O fim da ilusão monogamica


Achei meio vago, e faltou falar de pontos muito importantes como o desejo recalcado de todos (homens e mulheres) quererem outras pessoas, tanto do mesmo sexo quanto o sexo oposto. Além de que, ninguém é um objeto de niguém.

Pense Sorrindo [25]

Os bancos fazem o que querem

A banca continua a mesma

Levantamento realizado pela Fundação PROCON-SP, junto a sete dos maiores bancos do país, entre privados e estatais, prova que eles continuam absolutamente livres para cobrar as tarifas que querem, mesmo dos pacotes de serviços padronizados pelo Banco Central (BC).

Esta situação simplesmente faz com que haja diferenças nos valores cobrados de até 61,9% de uma instituição para outra. E atenção: em se tratando de cartões de crédito, algumas tarifas cobradas pelos bancos chegam a ter variação de até 100%.

Vejam, pela pesquisa, o menor valor cobrado pelo pacote padrão bancário, R$ 10,50 por mês, foi registrado no dia 16 de maio, e o maior, de R$ 17,00. Conforme estabelecido pelo BC, este pacote padrão mensal inclui a elaboração de cadastro na abertura de conta, oito saques mensais, quatro extratos por mês, dois extratos do mês imediatamente anterior, além de quatro transferências entre contas do mesmo banco.

Mesmo com padronização do BC, terra de ninguém

O menor valor/pacote aferido pelo PROCON-SP é o do Itaú (R$ 10,50) e o maior, o do Safra (R$ 17). Comparados com os valores cobrados no mesmo mês um ano atrás, as tarifas do Itaú se mantiveram estáveis, enquanto as do Safra tiveram redução de 15%.

Na companhia do Safra, também reduziram tarifas do pacote padronizado Bradesco (13,79%), HSBC (20,59%) e Santander (22,22%). Já o pacote do Banco do Brasil (BB) registrou aumento de 3,85% e o da Caixa Econômica Federal (CEF), de 15%.

Em se tratando de cartões de crédito, tarifas cobradas pelos bancos chegam a ter diferença de até 100%. É o caso da cobrada pela 2ª via de cartão. O maior valor cobrado, de R$ 10,00 é do Itaú - exatamente o dobro dos custos na CEF e do Santander (R$ 5,00 ambos). No caso das anuidades dos cartões, o maior valor (R$ 60,00) é cobrado pelo Santander e o menor, inferior em 33,33%, é o do BB e da CEF (R$ 45,00).

Como se vê, apesar da padronização estabelecida pelo BC, nessa matéria, a banca continua uma terra de ninguém, um vale tudo.

sábado, 2 de julho de 2011

Música da Semana

Ultraje a Rigor - Inútil
Em homenagem ao estádio do Corinthians

Letra

A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente...

A gente faz carro
E não sabe guiar
A gente faz trilho
E não tem trem prá botar
A gente faz filho
E não consegue criar
A gente pede grana
E não consegue pagar...

Momento Concernente


Nesta madrugada durante minhas compulsivas visitas à blogs, me deparei com essa imagem. Não consigo mensurar em palavras o que sinto quanto a ela. É um imagem simples, mas tão intrigante. Quem estiver vendo, com certeza deve está pensando em algo parecido.
Crianças as vezes me assustam, mas realmente são seres incriveis. O processo de 'adultização' é claramente destrutivo.
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