quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ultima estação

Eu prometi

que iria resistir

Mas como já se vê

Eu não consegui


Construí o meu castelo

Bem longe de você

Bem triste sem você

Para não caber você


E volta você

com seus poderes

Nunca me enganar

Mas me enfeitiçar



Seus poderes de menino

e suas aventuras

De me você vai ter sempre o quiser

Pois eu sei que o que eu quero,

Você não quer.

A bruxa e o Principado



E este seu mundo organizado

Como as formigas que destroem meu jardim

Como os mapas em que me perdi

Por que quê você tem assim?


O seu cheiro, o seu perfume

Está sempre tão arrumado

Trancada em te

Fugindo de mim.

O seu estado, o seu poder

Tens a força de me prender

Pensar o tempo todo em você

O que hoje à noite nos vamos fazer



A sua vida perfeitinha

O encaixe perfeito para a minha

Que anda sempre, sempre sem saída

A cada dia mais, mais perdida.



O seu rostinho bonitinho

Sempre cuidadinho vai envelhecer

Eu com milhões de historias pra contar

E você só vai ouvir sem nada pra falar.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

40 Dias




Agora pise
Pise no corpo dono da cama que te acolheu
Cuspa em tudo aquilo
que por um instante te pertenceu.

Negue tudo àquilo que você provou
Sabendo que ninguém mais vai ter
O que você aceitou e renegou
Ouça a voz desse corpo que cala
por que ele grita tão alto que corta a fala.

Nunca seremos amigos
Íntimos desconhecidos
Já não se sabe mais o que somos
Você vai agüentar isso até quando?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pão e Circo

Derruba-me quantas vezes quiser

Mas sempre ficarei de pé

Basta afogar minhas magoas

Em qualquer canto de uma praça

Engula essas falsas palavras

E se envenene com elas

Apenas eu tenho permissão de me matar

Agora já era

A sandália da cinderela

Voou pela janela

Eu não quero de verdade

Essa sua falsa amizade

Você se tornou uma piada

Que já perdeu a graça

E não me venha com essa farsa

Das suas indecisões já estou farta

Mais estou bem melhor agora

Com essa face maquiavélica da verdade

Dos que intensos mergulhos em falsidade.

Em Fim




Eu sou o meio da metade do fim

Perseguindo os passos de quem me roubou de mim

No circulo final do inicio da ciclovia

Me embriagado de mentiras todo dia

Fugindo das castas e crenças da indiferença

Tantos rostos, corpos e pensamentos.

Copiando velhos escritos em meu próprio novo testamento.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Queimem Cortez


Venha e seja bem-vindo

Venha, chegue destruindo.

Nos dizimando, nos destroçando

Acabe com mulheres e filhos.


Fomos destruídos pelos civilizados

E a sua religião tão correta

Foram de desculpa na boca de tantos assassinos

Civilizados sem piedade.


Roubaram nosso ouro, nossas casas.

Deixaram as doenças, e suas indiferenças.

Envenenaram-nos com sua ganância

Com seu egoísmo e suas intolerância.



500 anos e nossa sociedade ainda cai

E eles querem ainda mais

O velho mundo parece nunca se contentar

Até tudo nesse mundo exterminar.


Apelidam-se de turistas

Não se contentam em ver apenas na TV

A miséria que causaram

Em nome de minérios e propriedade

Destruíram milhares de sociedades.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Espelho meu


Ajoelhei e supliquei

-Não me condene mais.

Ele fingiu que não ouviu.

Eu levantei, foi difícil, mas gritei:

-Espelho, você não me tortura mais. Se você ta feliz ou não. Pra me tanto faz!


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